Existem mais de 300 raças de cães catalogadas por todo o mundo e, para atestar a linhagem de cada raça, alguns caninos possuem documento. No Brasil, assim como para os humanos, é chamado de Registro Geral (RG), mas também é conhecido pelo nome internacional de pedigree.
Quando nasce uma ninhada, os criadores devem certificar os filhotes no Kennel Club ao qual estão afiliados e este documento será enviado para a Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), que fará a avaliação. Quando você adquire o animal, é possível checar no Brasil Kennel Club se a documentação é verdadeira.
No RG do animal deve constar nome da raça, do criador, do canil, dos pais, data de nascimento e nomes dos filhotes, acrescidos do nome do canil (o nome do canil será sempre o sobrenome dos filhotes), constam também as cores da ninhada de acordo com cada raça.
Porém, caso você você não tenha recebido nenhum documento do animal, saiba que ainda assim é possível certificar se ele é de uma raça pura. Para isso, pode ser feito um exame de DNA no animal ou levá-lo a alguma exposição do Kennel Club mais próximo, onde três juízes farão a avaliação
Segundo a CBKC, é importante ter um cachorro com pedigree avaliado para evitar problemas futuros com seu animal de estimação, como a consangüinidade e doenças relacionadas ao crescimento, sem contar no melhoramento da raça. Mas como tirar o pedigree? A confederação emite três tipos de certificado de pedigree para cachorros:
- RG ou pedigree azul (para cães que tenham a árvore genealógica)
- RS ou pedigree verde (para cães importados de outras entidades que não sejam da Federação Internacional de Cinofilia [FCI]. A CBKC nacionaliza este cão e emite o pedigree verde dos seus descendentes com árvore genealógica)
- CPR ou pedigree marrom (quando o cão não tem pedigree e nem seus pais. Este é o caso que os juízes de exposição avaliam. Nesta situação, os filhotes terão este registro até a segunda geração e, na 3ª geração, seus filhotes recebem o RG.
- AKC (documento reconhecido pela CBKC, emitido fora do país, que acompanha cães importados)
A FCI divide as raças em 11 categorias: grupo 1 (cães pastores e boiadeiros), grupo 2 (pinschers, schnauzers e molossóides), grupo 3 (cães terriers), grupo 4 (dachshunds), grupo 5 (spitz e cães do tipo primitivo), grupo 6 (farejadores e raças assemelhadas), grupo 7 (apontadores), grupo 8 (retrievers, levantadores e cães d’água), grupo 9 (cães de companhia e brinquedo), grupo 10 (galgos ou lebréis) e grupo 11 (raças com registro provisório).
Já a American Kennel Club divide as raças em oito grupos, baseados em seu comportamento e na função para o qual foram criados. São eles: grupo dos esportistas, grupo dos hounds, grupo dos trabalhadores, grupo dos pastores, grupo dos terriers, grupo brinquedo, grupo dos não-esportistas e classe diversa (cães registrados, mas que seguem em uma lista de espera para a definição de categoria. Nesta classe, os cães já podem participar de competições).