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Essa manifestação neurológica pode ocorrer por diversos fatores, desde traumas cranianos a doenças infecciosas, epilepsia, barulhos extremos e até mesmo choques elétricos.
A convulsão em cães é caracterizada por descargas elétricas no córtex cerebral. Com isso, o cão apresenta um total “descontrole” causando muita preocupação em seus tutores. A família fica desesperada, não é mesmo?
Muitos acreditam que os animais convulsionam pelo simples fato de serem epilépticos e devem ser tratados como tal. Mas não, animais com doenças infecciosas em curso, como as tão temidas Erliquiose (“Doença do Carrapato”) e Cinomose, animais diabéticos com baixo valor glicêmico, com insuficiência renal, com tumores cerebrais, podem apresentar tal manifestação. Não se tratando, nesse caso de um cão epiléptico. Com isso, muitos cães podem ser diagnosticados erroneamente.
Quando a epilepsia for diagnosticada e confirmada, o tratamento deve ser rigoroso e o acompanhamento do seu pet pelo Vet de confiança deve ser constante.
Então, o que fazer quando seu cãozinho estiver convulsionando?
Em primeiro lugar, a convulsão deve ser encarada como uma situação emergencial, não deixe seu cão em locais altos, como cadeiras, camas ou sofás. Proteja o animalzinho com almofadas ao redor, preocupando-se principalmente com a cabeça.
E por fim, mantenha o cão longe de degraus e situações de risco até contatar o Médico Veterinário. Somente esse profissional é gabaritado o suficiente para avaliar a situação de seu pet.
Há muitos mitos envolvendo a convulsão em cães, como por exemplo, “meu cão enrola a língua?” ou “meu cão pode engasgar-se com a própria língua e sufocar?”.
A resposta para essa pergunta é não! Diferente dos humanos, o cão não corre o risco de sufocamento com o enrolar da língua, no entanto, quando for socorrer seu cão, não há necessidade desse tipo de preocupação. Fique atento principalmente a quedas, cuidando para que seu cão não bata a cabeça, providenciando rapidamente atendimento médico para seu bichinho.
Existem diversos tipos de convulsão em cães, mas a salivação intensa, perda momentânea do controle motor, tremores, espasmos musculares, olhar “perdido” são os sinais mais comuns.
Os animais podem até chegar a urinar e defecar espontaneamente durante a convulsão. Sem tratamento adequado, com repetidas convulsões, a condição pode se agravar levando a graves e irreversíveis lesões cerebrais. Portanto, o cuidado deve ser redobrado!
No atendimento clínico, o animal deve ser estabilizado e uma investigação minuciosa realizada, a consulta clínica ou internação, quando necessária, exames laboratoriais e de imagem são imprescindíveis.
Quando diagnosticada a causa, o Médico Veterinário deve acompanhar seu pet de perto. Ligue, procure-o quando achar necessário e surgir alguma dúvida.
Não se esqueça, mais do que as opções alternativas, o tratamento instituído por seu Vet de confiança deve ser seguido sem falhas.