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Quando a cachorrinha da família tem filhotes, a vontade que dá é de ficar com todos, não é mesmo?
Como muitas vezes isso não é possível, a doação é a melhor forma de encontrar um lar confortável e pessoas de coração aberto para receberem os cãezinhos.
No entanto, este é um processo que deve ser feito com responsabilidade e paciência, evitando possíveis abandonos ou sofrimento para os pequenos no futuro. Confira algumas dicas para doação de cães filhotes.
Respeitando a natureza
Se os filhotinhos já têm candidatos a adoção mesmo antes de nascerem, a ansiedade para levá-los para casa pode ser bem grande. Porém, é importante que os filhotes permaneçam pelo menos 60 dias com a mãe antes de partirem para seu novo lar.
Uma separação precipitada pode levar a situações de sofrimento e desvios de comportamento do cão no futuro. Lembre o novo dono que ele terá muitos anos de amor canino pela frente!
Em busca do dono perfeito
Esta é a sua principal responsabilidade neste processo, pois vai influenciar toda a vida dos filhotinhos daqui para frente: achar donos e lares adequados para recebê-los.
Em primeiro lugar, converse bastante com os candidatos, para entender suas motivações para adotar um cãozinho. Fique atento a qualquer detalhe estranho: por mais inacreditável que possa parecer, há algumas pessoas mal-intencionadas que buscam animais para rituais, exploração ou simplesmente para maltratá-los.
Além disso, procure entender se todas as pessoas que vão conviver com o cão gostam de animais, ou ainda se o desejo de ter um bichinho não parte apenas das crianças da família. Aliás, sempre trate com um maior de idade sobre os detalhes do processo.
Lar doce lar
Amor é a maior necessidade do filhote, mas não podemos esquecer que não é a única. Sempre verifique pessoalmente o local onde o cachorro vai morar. Atualmente é comum que o contato com o candidato se dê por meios digitais, impossibilitando que o doador saiba as reais condições em que o filhote vai viver se não for até lá.
Uma vez no local, observe possíveis situações de perigo ou desconforto para o bichinho, como rotas de fuga para a rua, ambientes sujos e desabrigados ou pontos altos que possam representar risco de queda.
Saúde e cuidados
As vacinas que o cãozinho ainda terá que receber dependerão da idade que ele for para sua nova família. Não esqueça de informar ao novo dono as vacinas que o filhotinho já recebeu, bem como as que ainda faltam.
Outra conduta recomendada é conversar com os candidatos a adoção sobre a castração: caso os futuros donos não planejem que o cão tenha filhotes, verifique se eles estão de acordo com este procedimento. Desta forma, você estará ajudando a prevenir o crescimento descontrolado da população de cães, que muitas vezes acabam abandonados.
Caso o candidato apresente interesse em ter crias do cão futuramente, redobre as atenções. Há casos – principalmente envolvendo cães de raça – em que pessoas adotam cães para explorá-los, visando a reprodução exclusivamente como uma fonte de renda. Este cenário geralmente vem acompanhado de maus-tratos e abandono. Apure seu radar para captar sinais duvidosos.
Matando a saudade
Encontre um tempinho em sua agenda para manter o contato com os novos donos, se possível visitando os filhotes nos primeiros meses. O adotante que estiver cuidando do cãozinho como ele merece não terá motivos para não receber você.
Para facilitar este acompanhamento, fique com o endereço e cópias dos documentos do adotante, dados que também podem ser úteis em possíveis necessidades de denúncia. Além disso, é comum pedir ao novo dono que assine um termo de responsabilidade no momento da adoção. Caso opte pelo termo, você pode baixar um modelo aqui.
Agora que você já leu todas as dicas, empenhe-se na missão de encontrar um ambiente feliz para os cãezinhos que estão sob sua responsabilidade. Não há esforço que não seja recompensado por uma vida canina digna e feliz.